olho na telona

Escola de Santa Maria promove festival e curtas

Joyce Noronha


Foto: Charles Guerra (Diário)

Com olhos atentos ao telão antes de começar a exibição, os alunos dos Anos Iniciais da Escola Municipal Sérgio Lopes, em Santa Maria, fizeram os pedidos às professoras: queriam ver Frozen, Galinha Pintadinha e outros. Contudo, as educadoras explicavam aos pequenos que o evento, realizado em um cineminha improvisado dentro do colégio, é um Festival de Curtas. A iniciativa, que começou na segunda-feira e vai até sábado, busca mostrar às crianças o que são curtas-metragens e como funciona a produção de um filme de poucos minutos.

A diretora da escola, Vanessa Flores, conta que um dos objetivos é apresentar aos alunos outras produções cinematográficas.
- Eles chegam aqui pedindo as coisas que conhecem, e nós queremos mostrar que tem muito mais, que não é só filme da Disney. Mesmo que seja um curta, podem ser desenhos que estão um pouco fora do circuito - diz Vanessa.

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A coordenadora pedagógica dos Anos Finais, Eliane Machado, diz que os vídeos da mostra são curtas que participaram do Festival Internacional de Cinema Estudantil (Cinest) no ano passado, que é promovido aqui na cidade. Além disso, outros curtas que Eliane e as professoras encontraram na internet também são exibidos para as crianças.

TROCA DE IDEIAS
Eliane explica que, depois da exibição, as professoras fazem um momento de conversa com os estudantes para debater as informações apresentadas no curta. Na tarde de ontem, os alunos das turmas de pré A e B assistiram à animação Ponte (The Bridge, no Youtube). Na versão exibida, o curta tinha audiodescrição, uma ferramenta para pessoas com deficiência visual, que descreve em narração as cenas do vídeo. 

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Segundo a diretora Vanessa, a escola conta com três estudantes com deficiência visual e já teve um estagiário cego. Pela vivência com essas pessoas, o colégio adotou o uso de vídeos com audiodescrição.

E as crianças entenderam bem os ensinamentos do filme Ponte. A pequena Alana Matias Quevedo, 4 anos, explicou que os animais grandes brigaram e não conseguiram passar pela ponte porque não se ajudaram. Já os animais pequenos se tornaram amigos e se ajudaram para conseguir atravessar.

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O outro curta exibido foi Piper, que fala sobre enfrentar o medo e tentar de novo. Helena Rodrigues Amaral, 4 anos, disse que achou o filme legal.
- Com a ajuda da mãe, o passarinho conseguiu - disse a pequena.

O Festival de Curtas da Escola Sérgio Lopes também conta com a presença de convidados, que vão falar aos alunos sobre maneiras de fazer curtas, desde a filmagem até a finalização. O evento encerra-se no sábado com uma exibição dos filmes, das 10h ao meio-dia, para as famílias dos estudantes.


Foto: Charles Guerra (Diário)

Festival de Cinema Estudantil está com inscrições abertas
Começou, nesta terça, o período de inscrições para o Festival Internacional de Cinema Estudantil (Cinest), que busca incentivar o envolvimento de alunos na produção audiovisual e a integração de diferentes cidades brasileiras através da divulgação de trabalhos realizados por escolas e universidades. As inscrições podem ser feitas até 2 de outubro. O evento será de 16 a 19 de outubro, na Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria (Cesma).

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Para se inscrever é preciso acessar o site, preencher a ficha e enviá-la, junto com o filme, para [email protected] (o arquivo de vídeo deve ter até 2 gb). O regulamento do festival está disponível no mesmo site.

A coordenadora geral e produtora executiva do Cinest, Mariangela Cardoso, diz que, a cada ano, o evento cresce e ganha mais respaldo fora do Brasil. Ela conta que, no ano passado, o Cinest recebeu 134 produções, que passaram por uma pré-seleção, e 77 curtas foram exibidos no festival. Os vídeos podem ser de qualquer gênero cinematográfico e são divididos em três modalidades: do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e universitário.

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Apesar de não ter tema para os curtas, Mariangela explica que, na edição deste ano, terá um prêmio especial para as produções que utilizarem acessibilidade (audiodescrição, legenda e outros) e para os vídeos que tratarem da temática do meio ambiente.

EXPERIÊNCIA
Erica Melissa Silveira Pilar, 12 anos, é aluna do 7º do Ensino Fundamental da Escola Municipal Sérgio Lopes e lembra que, no ano passado, produziu um curta com os colegas para inscrever no Cinest. Infelizmente, o grupo não conseguiu finalizar o vídeo a tempo para a competição, mas tiveram o filme apresentado na mostra não competitiva do festival.

- É muito difícil gravar um curta. São muitos detalhes, como a luz, o som, os ângulos. Mas foi bem divertido - conta Erica.

Para este ano, a menina diz que quer produzir um novo curta, mas não sabe exatamente qual assunto nem o gênero do filme. Ela só tem certeza que quer finalizar a tempo de inscrever na mostra competitiva do Cinest.

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